O RAI X FRAN DAS TROCIDAS

O torcedor chiou quando a Federação mudou o clássico Rai x Fran, de Domingo para Sábado, mesmo assim mostrou a força do estado do Tapajós no campo de futebol. Os jogadores não proporcionaram um futebol à altura das duas torcidas, mas como dizia dona Dulce: “Deu pro gasto.” Vamos dar uma razão sem causa: Como todo inicio de competição as coisas só anda, não corre, e o empate até que foi relevante para o torcedor, mas para as duas equipes não. Uma tinha que sair logo na frente, se quiser ir para a luta de conquistas. O São Francisco, acertadinho, afinadinho, afinal vem jogando a tempo com quase o mesmo time em campo. Mostrou entrosamento e mais posse de bola durante todo o jogo, mas não foi um time agressivo, fez isso só pertinho do final do jogo, quando empatou e tinha a vantagem de um jogador a mais, e teve até chance de vencer. Pelo lado do São Raimundo, aqueles problemas lembram? Os dirigentes estão muito ocupados, e não tiveram tempo de cuidar da legalização de seus jogadores para a primeira partida. Quatro jogadores, que vinham treinando como titulares, não foram legalizados. Em campo muita vontade, mas um time sem ritmo e padrão de jogo, ainda teve um jogado expulso no início do segundo tempo, só jogou no contra ataque e quase saiu vencedor, abriu o placar e cedeu o empate por deficiência técnica. Fiquei um pouco preocupado com os nossos clubes para essa competição paraense. O Leão tem que reforçar sua equipe e fazer um elenco com jogadores do mesmo padrão dos titulares. O Pantera falta melhorar muito, mas, tem jogadores que podem emplacar com melhores rendimentos e precisa de reforços de qualidade. Destaque maior no clássico, foi as duas torcidas, que encantaram dando um espetáculo a parte, aliás, o espetáculo foi delas. Lotaram o Colosso do Tapajós e fizeram a festa de um verdadeiro clássico santareno, como nos velhos tempos. Os homens dos gols escreveram seus nomes nas histórias dos RaixFran, mas deixaram a desejar, como destaques maiores. Rodrigão, completamente apagado no jogo, se salvou com o gol salvador de empate. Zé Rodrigues, foi mais audacioso, quase marca o seu 2º gol no clássico, não fosse à belíssima defesa do goleiro azulino, mas depois passeou em campo, totalmente cansado. Os que encheram os olhos correndo em campo: Fininho, Fez jus a nº 10 alvinegra mostrou categoria e que sabe jogar, enquanto teve fôlego foi responsáveis pelas jogadas mais perigosas do Pantera, inclusive do gol alvinegro e quase faz um golaço de fora da área, num sem pulo. Porém, não conseguiu agüentar o tempo todo, e ficou assistindo o jogo, até terminar. Amaral lateral de qualidade, enquanto esteve em campo deu trabalho à defesa azulina e mostrou bom futebol, mas, saiu de campo contundido e o time perdeu muito com a sua saída. No Leão, o garoto Perema foi à particularidade azulina, hoje é o Dedé do Leão, só falta fazer gol. Se continuar jogando sério e com precisão como faz exibindo apenas a sua categoria e seriedade, esse garoto vai longe. Mauriam tem sido uma das grandes sacadas do São Francisco está arrebentando, jogando fácil e com muita garra e preparo físico, deve aparecer mais, é ousado. Dos primeiros minutos até o final do jogo não foi fácil escolher um melhor em campo para falar em destaque mesmo, ainda fico com os dois goleiros. Nos momentos mais preciosos da partida, onde uma meta poderia ter caído, eles não deixaram com defesas sensacionais, evitando uma vitória para cada equipe. Labilá e Jader mantiveram o que as torcidas já sabiam: Segurança embaixo dos três paus. Os maiores aplausos, dos mais de 12 mil torcedores, que coloriram o clássico RaixFran foram para Jader e Labilá. A festa maior mesmo foi dos torcedores. Agora é esperar, o que as duas equipes vão fazer neste início de semana. O São Francisco enfrenta Nesta Terça Feira, o Paysandu no Colosso do Tapajós, ferido pela primeira derrota dentro do seu campo para o Cametá. O São Raimundo vai a Belém jogar contra o Clube do Remo no Baenão, que venceu a sua primeira partida contra o Águia de Marabá.
Terça Feira é noite de comprovação para a torcida azulina, encher o Colosso do Tapajós e ajudar a sua equipe fazer a segunda derrota do Papão.       

Texto: Raimundo Gonçalves