Sem o patrocínio do Governo do
Estado, o Campeonato Paraense de 2017 poderá sofrer algumas alterações,
inclusive com o adiamento da competição em uma semana. Esse assunto foi
bastante debatido na reunião do conselho técnico, realizada ontem à tarde, na
sede da Federação Paraense de Futebol (FPF), em que o diretor de competições,
Paulo Romano, expôs o problema aos clubes.
O
campeonato paraense para 2017, tem apoio financeiro da Funtelpa no valor de R$
827 mil e do Banpará, na ordem de R$ 654 mil. Em 2016, o Governo do Estado, por
meio da Secretaria de Estado Esporte e Lazer (Seel), celebrou convênio
com a FPF no valor de R$ 1,3 milhão, que foi aplicado no deslocamento dos times
para as partidas, hospedagem e alimentação.
Por
conta dessa falta de patrocínio do Governo estadual, o São Raimundo, de
Santarém, e o Cametá deram sinais de que não terão condições de bancar despesas
de viagem. Da reunião do conselho técnico, apenas Águia de Marabá e São
Francisco, de Santarém, não foram representados.
Nos
últimos anos, o governo estadual tem sido o maior patrocinador do Parazão,
contribuindo com pagamento de cotas, custeio de passagens aéreas e alimentação
para clubes se deslocarem aos locais dos jogos. Entretanto, sem essa
contemplação financeira, a federação, conforme declarou Paulo Romano, não tem
como arcar com as despesas.
Outra
alternativa, segundo Paulo Romano, é tirar percentual do contrato de
transmissão dos jogos para ser usado na logística financeira da competição. E também
os clubes poderão entrar com alguma coisa este ano, já que em 2016 foram gastos
R$ 900 mil e com a participação de dez equipes disputando o parazão, uma média
de R$ 90 mil por equipe para disputar o campeonato. Mas a federação não
descarta outra alternativa.
No
dia 13 ou 16 de janeiro, haverá outra reunião para ajuste da tabela. Confirmado
confirmando que a primeira rodada, nos dias 28 e 29 de janeiro, será adiada. O
presidente da FPF, Adélcio Torres, ainda acredita numa virada a favor do
Parazão, mas existe o plano B para ser colocado em ação.
Fonte: Jornal O Liberal