quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Começou o júri dos acusados na morte do sindicalista Brasília, no Fórum de Belém, nesta quinta, 20/10.

Começou no Fórum de Belém  o julgamento do fazendeiro Alexandre Manoel Trevisan, 51 anos, conhecido como Maneco, Márcio Antonio Sator, 40 anos, conhecido como Márcio Cascavel e Juvenal Oliveira da Rocha, Parazinho, 44 anos. Sob a presidência do juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, a sessão iniciou por volta das 08h, com a formação do Conselho de Sentença composto por 05 homens e 02 mulheres. Os réus são acusados de executar, após sessão de tortura, o sindicalista Bartolomeu Moraes da Silva, conhecido por Brasília, assassinado aos 44 anos de idade, na madrugada do dia 23 de julho de 2002, na localidade de Castelo dos Sonhos, Município de Altamira, na região sudoeste do Pará.
A primeira e única testemunha arrolada pelo Ministério Público José Arildo Alves está depondo. Morador de Castelo dos Sonhos, o depoente diz que não conhecia direito a vitima e os acusados, e que estava passando pelo local quando a vítima foi morta. Ele teria visto os executores que estavam numa moto grande e outra pequena.
Na acusação está atuando o promotor de justiça Mário Brasil e o assistente de acusação Marco Apolo. Em defesa dos acusados estão atuando os advogados  Jorge Tangerino, Marilda Cantal e o defensor público Rafael Sarges.
Este é o segundo júri dos acusados de matar o sindicalista, que atuava como delegado do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Altamira. Antes de ser executado, Brasília foi torturado, teve braços e pernas decepadas e recebeu vários disparos de arma de fogo na área da nuca e da cabeça.
No primeiro julgamento, realizado em 19/06/2009, o Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri de Belém rejeitou a acusação por maioria de votos, não reconhecendo os três acusados como responsáveis pelo crime. Houve recurso de apelação que resultou na anulação do julgamento. Meses antes de ser morto o sindicalista denunciou as ameaças anônimas de morte, afirmando que se alguma coisa lhe acontecesse os responsáveis seriam fazendeiros e madeireiros da região de Altamira.

Fonte: TJPA
Texto: Glória Lima

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