terça-feira, 31 de janeiro de 2012

MPT investiga assédio moral contra trabalhadores da Arena da Amazônia

MANAUS – O Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT-AM) investiga casos suspeitos de assédio moral atribuídos a empresa  Andrade Gutierrez S.A, responsável pelas obras da Arena da Amazônia, em Manaus. O MP recomendou ausência de atos que possam causar constrangimentos e humilhações constantes aos funcionários. Segundo nota oficial enviada à imprensa,  o órgão alega que a medida é resultado de denúncias dos próprios trabalhadores do canteiro de obras.

Segundo os funcionários, eles seriam vítimas de constrangimentos e humilhação constantes provenientes de superiores hierárquicos, incluindo tratamentos desrespeitos, como por exemplo, palavras de  baixo calão. O procurador do Trabalho, Jorsinei Dourado do Nascimento, expediu a recomendação contra a construtora Andrade Gutierrez nesta segunda-feira (30).

Com isso, a empresa além de se abster de praticar tais comportamentos, deverá promover, com auxílio de profissionais habilitados ou por meio de cartazes, folders e avisos internos, políticas de esclarecimento a todos os funcionários sobre as características do assédio moral no ambiente do trabalho, e orientações sobre boas práticas de relacionamento interpessoal.

Segundo o MPT, a prática de assédio moral causa danos e prejuízos tanto para a empresa quanto aos trabalhadores. Em nota, o órgão ressaltou, ainda, que solicitará, no prazo de 30 dias, informações à empresa Andrade Gutierrez S.A quanto a realização efetiva de tais providências, sob pena da adoção de outras medidas, inclusive judiciais.

De acordo com o procurador Jorsinei Dourado do Nascimento, o assédio moral no trabalho constitui-se num problema de saúde ocupacional e expõe o trabalhador ao ridículo, a constrangimentos e a humilhações. “Como consequência disso, muitos trabalhadores se veem obrigados a pedir demissão como solução para se livrarem dos transtornos, ou estão adoecendo (estresse e depressão), ou, ainda, se suicidando”, destacou.

Questionada, a assessoria de imprensa da Andrade Gutierrez disse que a empresa desconhece o documento formalmente. “Nenhuma recomendação chegou até agora”, informou.

Fonte: Portal Amazônia

Nenhum comentário:

Postar um comentário