sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Justiça revoga liminar que suspendia obras da hidrelétrica de Belo Monte

BELÉM - A Justiça Federal do Pará revogou a liminar de setembro que determinava a paralisação parcial imediata da obra da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu. Decisão foi tomada nesta sexta-feira (16) pelo juiz federal Carlos Eduardo Castro Martins, que entendeu não haver impedimento do trânsito de embarcações pesqueiras nos cinco municípios afetados pela obra.

A liminar que barrava as obras atendia a pedido da Associação dos Criadores e Exportadores de Peixes Ornamentais de Altamira (Acepoat). Dentre as atividades que estavam proibidas pela Justiça no rio estão “implantação de porto, explosões, implantação de barragens, escavação de canais” ou qualquer obra que interfira no curso natural do Rio Xingu e possa afetar a população de peixes que ali vive.

Para Castro Martins, a pesca de peixes ornamentais “não será afetada pois o curso d’água não será alterado e não haverá grande variação na vazão por segundo, sem grandes influências, portanto, no habitat das espécies ornamentais de pesca permitida”.

Depois de concluída, a usina de Belo Monte será a segunda maior hidrelétrica do país, atrás somente da binacional Itaipu. Apesar de ter capacidade para gerar 11,2 mil MW de energia, Belo Monte não deve operar com essa potência. Na seca, a geração pode ficar abaixo de mil MW. A energia média assegurada é de 4,5 mil MW. A hidrelétrica ocupará parte da área de cinco municípios: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu.

Belo Monte custará pelo menos R$ 25 bilhões, segundo a Norte Energia. Há estimativas de que o custo chegue a R$ 30 bilhões.Para críticos da obra, o custo-benefício não compensa. O governo contesta e afirma que a energia a ser gerada é fundamental para o país.

Fonte: Portal Amazônia

Nenhum comentário:

Postar um comentário