sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Grupo Rede pode ser colocado à venda

A direção da Celpa se negou a confirmar, mas também não negou, nesta quinta-feira (8), a informação de que o controle da Rede Energia foi posto à venda. A notícia, com origem em São Paulo, onde fica o comando do grupo, foi veiculada ontem por agências de notícias nacionais. “A Celpa não vai se pronunciar hoje (ontem) sobre o assunto”, afirmou uma fonte da assessoria da empresa.
Ela admitiu a possibilidade de ser divulgada hoje uma nota expondo oficialmente a posição da companhia. Se isso acontecer, a nota provavelmente confirmará a venda.
A matéria mais completa sobre a anunciada venda do controle da Rede Energia foi publicada pelo Valor Econômico. Segundo o jornal, o Grupo Rede, dono da concessão de distribuidoras de energia em sete Estados brasileiros – incluindo o Pará, com a Celpa – vem enfrentando há anos dificuldades financeiras, com prejuízos frequentes e tendo de administrar um alto endividamento.
O último balanço do grupo, com dados do terceiro trimestre deste ano, conforme revelou o Valor, mostra vencimentos de empréstimos e financiamentos de curto prazo na ordem de R$ 2 bilhões, além de outros R$ 5 bilhões de obrigações de longo prazo.
PROPOSTAS
A notícia publicada no Valor Econômico diz que Jorge Queiroz, o acionista controlador do Grupo Rede, colocou à venda sua parte na empresa, que corresponde a 54% do capital total. Os interessados têm até o fim da semana para analisar a companhia e fazer suas propostas ao Banco Bradesco de Investimento (BBI), contratado para conduzir a operação.
O Rede tem, entre seus acionistas, o Fundo de Investimento do FGTS, que fez um aporte de cerca de R$ 500 milhões há pouco mais de um ano, e o BNDESPar, que transformou em ações parte da dívida da companhia.
A Celpa, uma das empresas controladas pelo Grupo Rede, foi privatizada através de leilão público no dia 7 de julho de 1998, no primeiro governo de Almir Gabriel. O preço de venda da empresa alcançou, na época, a cifra de R$ 450 milhões.
No ano passado, o engenheiro Flávio Decat, um executivo muito conceituado no setor elétrico brasileiro, foi designado pela Eletrobras para a vice-presidência da Celpa, numa espécie de “intervenção branca”.
O que se dizia era que ele tinha “carta branca” para tomar as decisões que julgasse necessárias para o saneamento e recuperação financeira da empresa. Ou algo deu errado, ou Decat acabou julgando impossível a missão para a qual fora designado, tanto que em janeiro deste ano acabou voltando à Eletrobras, para assumir a presidência de Furnas. Com a saída dele, o próprio Jorge Queiroz decidiu assumir pessoalmente o comando da empresa, com o objetivo de reestruturá-la.

Fonte: Diário Online

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