sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Acusado de assalto, doente mental cego passou 46 dias em cela comum

Um jovem cego e deficiente mental permaneceu preso por 46 dias na Central de Triagem (CT) da Marambaia. Gerbson da Silva Galvão, de 21 anos, é acusado de assaltar e espancar uma vítima não identificada durante um assalto ocorrido no loteamento Curuperé, em Outeiro. Na manhã de ontem, segundo informações da assessoria de comunicação da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), Gerbson seria transferido para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, no distrito de Americano, em Santa Isabel do Pará. Entretando, por volta das 17 horas, foi apresentado um alvará de soltura, assinado pelo juiz titular da 1ª Vara Penal de Icoaraci, Eric Aguiar Peixoto, e Gerbson agora está livre. O caso tramitava em segredo de Justiça pelo processo nº 0003853-49.2011.814.0201.
Durante um mês, familiares e amigos do rapaz tentaram provar a inocência dele, já que se trata de uma pessoa cega e portadora de demência avançada. 'Como um doente mental pode assaltar e espancar uma pessoa e ainda sair correndo? Ele é cego', questiona o pastor Jorge Luis, amigo da família. Segundo ele, o jovem nasceu em Tomé-Açú, município onde reside com a avó, Antônia da Silva Galvão, de 59 anos. No dia em que foi preso, o rapaz estava há alguns dias na casa da mãe, Rosemary da Silva Galvão, de 36 anos, em Outeiro. 'A mãe dele também é doente mental, por isso ele mora com a avó no interior. É um rapaz que não possui desenvolvimento e que necessita de ajuda. Ele jamais cometeria um crime', garante o pastor.

Fonte: O Liberal

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