quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Conflitos por terra obrigam fuga de ambientalistas do AM

MANAUS – “Penso que vão me matar a cada minuto do dia”. O desabafo é de Nilcilene de Lima, de 46 anos, ex-agricultora do município de Lábrea (a 707 quilômetros de Manaus)  e que hoje vive escondida fora do Estado. Ela está entre as 41 lideranças ambientalistas ameaçadas de morte por “jagunços” no Amazonas.  O número foi divulgado pela coordenadora da Comissão Pastoral da Terra, Auriedia Marques. Segundo ela, os Governos Federal e Estadual permanecem ausentes nas áreas de conflitos por terra.
Os conflitos de terra entre os lavradores do interior e os chamados “jagunços” são antigos. Em junho deste ano, a lista de ambientalistas ameaçados de morte contava com 25 nomes. Auriedia afirmou que a falta de segurança encoraja os invasores a tomarem as terras. “O aumento do número de ameaçados é o reflexo da completa falta de atenção do Poder Público. Os invasores tiram o que é dos cultivadores e nada é feito”, contou.
Nesta quarta-feira (25), a Secretaria de Segurança Pública (SSP) anunciou o reforço na segurança contra conflitos de terra no interior do Estado. Segundo a pasta, 24 policiais da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) farão o reforço da segurança no município de Manicoré, Sul do Amazonas.

Os oficiais atuarão na comunidade de Santo Antônio do Matupi, considerada uma área de conflito agrário. De acordo com a SSP, um grupo de trabalho formado por órgãos federais e estaduais fazem monitoramento da área. O envio dos oficiais foi autorizado pelo Ministério da Justiça. A ação no Estado ficará sob a coordenação da SSP.
Fonte: Portal Amazônia

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