quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Prefeito de Vitória do Xingu preso pela PF

Polícia Federal prendeu ontem em Belém o prefeito de Vitória do Xingu, Liberalino Ribeiro de Almeida Neto, e a secretária de Saúde do município, Roseli Aparecida de Almeida Braga. As prisões são parte da Operação Pandilha, da PF, que combate o desvio de recursos públicos federais em todo o País e só ontem cumpriu 10 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão, todos devidamente deferidos pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília/DF. Também foram presos o pai de Liberalino, Danilo Damaso de Almeida, em Alagoas, e o secretário de Finanças do município, Heltton Vagner Clisardo, em Vitória do Xingu. Todos foram encaminhados à Superintendencia do Sistema Penal (Susipe) e posteriormente encaminhados a penitenciárias. Roseli Braga está no Centro de Recuperação Feminina (CRF).
No Pará, a operação teve foco na conduta de Liberalino, que administrava uma dos municípios sob influência da Hidrelétrica de Belo Monte e é acusado de participar de um esquema que desviou recursos públicos na ordem de R$ 18 milhões. As investigações começaram em agosto do ano passado, quando recaiu sobre Liberalino a suspeita de desvio de verbas públicas federais e estaduais. Descobriu-se a existência de uma quadrilha de ampla complexidade, que praticava crimes como fraudes em processos licitatórios mediante a utilização de 'laranjas'; concessão de privilégios a empresas e pessoas ligadas ao esquema criminoso, como fornecimento de empregos e cargos públicos; utilização de bens públicos (maquinários da prefeitura) para fins particulares; superfaturamento de obras públicas; fraudes na contratação de empresas prestadoras de serviços
e outros crimes.
Todas as ações, segundo a PF, eram feitas com o conhecimento e a orientação de Liberalino Neto, que contava com o apoio intelectual do próprio pai. Os outros presos participavam porque ora ocupavam cargos públicos na Prefeitura de Vitória do Xingu, ora figuravam como sócios fictícios de empresas 'laranjas', que concorriam e venciam as licitações de serviços - que quase nunca eram realizados, ou se eram, se utilizavam de verba pública.

Fonte: O Liberal

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