terça-feira, 30 de agosto de 2011

Deputados ouvem consórcio responsável pela construção de Belo Monte

A comissão especial de acompanhamento às obras de Belo Monte recebeu nesta terça-feira (30/08), Carlos Nascimento, presidente do consórcio Norte Energia, responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte,  no oeste paraense. O empreendimento é considerado a maior obra de geração de energia em implantação no mundo.
Carlos Nascimento foi convocado pelo presidente da comissão parlamentar, deputado Martinho Carmona, para explicar porque o consórcio adquiriu equipamentos em São Paulo. Com a compra, o Pará deixou de arrecadar R$ 200 milhões em ICMS na primeira aquisição de maquinário feita para a construção da usina. Carlos Nascimento explicou que o Consórcio Norte Energia contratou outros dois consórcios para a execução das obras civis e para a aquisição de equipamentos, e que a negociação para a compra do
maquinário em São Paulo já havia sido acertada antes.
Para Carlos Nascimento, o consórcio fornecedor de equipamentos não errou ao comprar equipamentos de São Paulo. "Eles têm que fazer um serviço técnico, observando determinadas condições para privilegiar o Estado em contratações, ajudar o Estado,
mas eles têm que olhar do ponto de vista empresarial, os ganhos delestambém , eles são empresários”, ponderou.
Carlos Nascimento apresentou uma planilha demonstrando que no período de 2011 a 2018, o Pará terá uma arrecadação de quase R$ 900 milhões  em contratações de serviços e equipamentos por Belo Monte, além de outros benefícios que a obra vai trazer ao Pará.
A explicação técnica não agradou o deputado Airton Faleiro. “As explicação técnica justifica uma ação que não concordamos politicamente, que é a aquisição de equipamentos fora do estado do Pará. Se o Estado tem que se preparar melhor para ter as condições para novas compras, se adequar, então temos que fazer isso. Mas, tanto os consórcio construtor quanto o que compra os equipamentos podiam ter conversado com o Pará... Não conversaram com ninguém, com os portos do Pará, com o governo, para ver se poderíamos ter essas condições”, explicou o parlamentar. “Partiram do principio que no sul tem mais vantagens. O problema é que parte de uma concepção de que nós somos bons para fornecer energia para o Brasil, mas não somos bons para vender nossos produtos para os consórcios produtores”, completou Faleiro.
A hidrelétrica de Belo Monte deve iniciar as operações em 2015, e atingir a capacidade total em 2019, com a geração de 11 mil megawatz de energia.

Fonte: ALEPA

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