quarta-feira, 27 de julho de 2011

Extrato da caferana inibe até 80% dos efeitos da malária, diz pesquisa

MANAUS – Uma planta usada há séculos por indígenas ganhou comprovação científica na inibição dos efeitos da malária. De acordo com uma pesquisa amazonense apresentada no Congresso de Iniciação Científica da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), até 80% dos sintomas da doença, como calafrios, febre alta e taquicardia, podem ser diminuídos com a ação da caferana.

O estudo é da estudante do 7° período do curso de Farmácia do Centro Universitário do Norte (UniNorte), Maria Deliane Nascimento. Experimentos com amostras sanguíneas originárias da picada do mosquito, do gênero Anopheles, infectado pelo protozoário Plasmodium, mostraram que o extrato da caferana é forte inibidora da malária.

De acordo com a estudante, as sociedades indígenas amazônicas já realizam a cura da malária por meio do extrato da caferana. “Os índios utilizavam também para outras enfermidades, como por exemplo, a diarreia e o câncer”, explica.

Segundo Maria Deliane, não é fácil encontrar a caferana na floresta amazônica, mas a erva pode ser erva encontrada nos mercados e feiras da cidade. “Quanto ao processo de industrialização do extrato, a população de baixa renda terá acesso ao medicamento, que de certa forma inibe a doença, comum em nossa região”, destaca.

Os sintomas mais comuns da malária são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios. “Além dos sintomas correntes, aparece uma ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma”, informa.

O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como o compartilhamento de seringas (consumidores de drogas), transfusão de sangue ou até mesmo de mãe para feto na gravidez.

Fonte: Portal Amazonia

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