segunda-feira, 11 de julho de 2011

Bancos sofreram 838 ataques em todo País no 1º semestre, diz balanço

CURITIBA - No primeiro semestre de 2011 foram registrados 838 ataques a bancos em todo o país, média de 4,63 ocorrências por dia. Deste total, 301 foram assaltos (incluindo sequestro de bancários e vigilantes) e 537 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos (incluindo uso de maçaricos e explosões por dinamite). Em decorrência desses crimes, 20 pessoas foram mortas, incluindo 11 vítimas da chamada "saidinha de banco", quando o cliente é rendido por bandidos após sacar dinheiro em agências ou caixas eletrônicos.
Estes dados constam da primeira Pesquisa Nacional de Ataques a Banco, divulgada nesta segunda-feira, 11, em Curitiba, pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).
A pesquisa aponta São Paulo como o Estado onde mais ocorrera esse tipo de crime, com 283 casos. A maioria dos assassinatos também foi registrada em São Paulo, com 12 mortos. Em segundo lugar em número de assaltos está a Bahia (61 casos), seguida do Paraná (56). O Amazonas foi o único Estado que não registrou ataques a bancos ou a clientes.
Os sindicalistas responsáveis pela pesquisa esperam que os bancos invistam mais em segurança. "A segurança bancária é tema mais importante até mesmo que questões salariais, porque envolve vidas. Os bancos não podem transferir essa responsabilidade para os clientes, proibindo, por exemplo, o uso de celulares dentro das agências", disse o presidente da CNTV, João Boaventura.
As confederações apresentaram algumas propostas para melhorar a segurança nos bancos. Uma delas é a isenção de tarifas de transferência de recursos como forma de desestimular saques em dinheiro vivo e a instalação de biombos ou tapumes entre a fila de espera e os balcões dos caixas.
O Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, que apresentou um estudo relativo apenas ao Paraná , mostrou que o número de ataques no primeiro semestre deste ano, 52, já é bem maior do que o registrado no mesmo período de 2010 (29).

Fonte: Estadão

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