segunda-feira, 20 de maio de 2013

Professores da UFPA paralisam nesta quarta

Os professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) vão paralisar suas atividades docentes por 24 horas, na próxima quarta-feira (22). O ato integra uma Jornada Nacional de Lutas que a categoria promove, de 20 a 24 de maio, em todas as universidades do país, para pressionar o Governo Federal a retomar uma agenda de negociações.
De acordo com a Associação dos Docentes da UFPA (Adufpa), a paralisação será marcada por um Café Político que a associação promove no dia 22, a partir das 8h, em frente ao 2º portão da universidade. O objetivo é reunir a categoria para discutir a carreira docente e mostrar a insatisfação dos professores com a política salarial do governo.
Segundo a diretoria da Adufpa, a Lei 12.772, resultante do acordo salarial imposto pelo governo no final da greve da categoria em 2012, não atende as reivindicações dos professores. Com a Lei, o aumento dos docentes foi parcelado em três anos até 2015 e as previsões de reajustes nominais não cobrem as oscilações inflacionárias do período, principalmente nesta conjuntura de alta da inflação.

Os docentes reivindicam a reestruturação, de fato, da carreira docente, pois a Lei 12.772 não garante isonomia, mantém distorções salariais e cria um fosso remuneratório sem critérios, entre os diferentes níveis e classes da carreira. “O governo beneficiou apenas o topo da carreira e busca dividir a categoria. Enquanto alguns terão um salto de 30% nos salários, ao fazerem determinada progressão na carreira, muitos terão um aumento inferior a 1%”, explica a diretora-geral da Adufpa, Vera Jacob.

Durante a paralisação, a categoria pretende denunciar, também, a precarização e sobrecarga do trabalho docente, pois a contratação imediata de professores substitutos foi proibida na UFPA e os concursos públicos foram suspensos, o que tem criado inúmeras dificuldades para que os docentes sejam liberados para fazer pós-graduação. “Queremos que nosso trabalho seja valorizado e defendemos uma carreira docente que esteja à altura do esforço e dedicação que empregamos em cada sala de aula, laboratórios e demais espaços de construção de conhecimento”, argumenta Vera Jacob.

Fonte: Diário Online

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