Clima tenso em Jacareacanga

Quase mil índios permanecem na cidade de Jacareacanga Oste do Pará, os induiginas exigem a presença de representantes do Governo do Estado. Os Indios reuniram ontem (05) com dois representantes da FUNAI e o Superintendente da Policia Civil em Itaituba, delegado EDINALDO SILVA,     eles exigiram a presença do Secretário de Segurança Publica do Estado ou do Governador Simão Jatene. A população de Jacareacanga teme um saque a supermercados e lojas por parte dos índios casos os pedidos não sejam atendidos. O delegado Edinaldo de Sousa que foi corregedor da Policia Civil de Santarém continua no Hotel Santo Antonio e não pode deixar a cidade por ordem das lideranças indígenas. O delegado informou que não houve violência contra sua pessoa e nem contra os funcionários da FUNAI, mas avisa que uma solução precisa ser encontra com a máxima urgência. O Comércio de Jacareacanga está fechado e o dinheiro que seguiria de Itaituba para o pagamento de funcionários do Estado e Município está retido em Itaituba. Dez policiais do Grupo Tático que seguiram de Santarém continuam em Itaituba. O comando espera ordem de Belém, pois existe uma recomendação de cautela para que não ocorra o que aconteceu em Eldorado dos Carajás. O município de Jacareacanga tem 15 mil habitantes e nove mil índios fazem parte dessa população. A manifestação dos índios Munduruku que começou na segunda-feira é motivada pelo assassinato do índio Lelo Akaio há 18 dias e dois dos quatro acusados foram colocados em liberdade por falta de provas. As lideranças Munduruku querem que a Policia entregue aos índios os dois presos para que eles sejam punidos pela Lei Munduruku,que segundo as lideranças, a Justiça é feita com as próprias mãos. O procurador da Republica em Santarém, Claudio Dias, disse que mandou a Policia Federal abrir inquérito para apurar o incêndio do destacamento policial e disse que falta segurança em Jacareacanga, citando como exemplo a apuração do inquérito  que corre por Itaituba porque em Jacareacanga não existe delegacia.

Texto: Bena Santana