A Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) registrou 1.714 óbitos por diabetes no Pará, no ano passado. Esse número mais do que triplicou em relação ao ano 2000, quando foram contabilizadas 543 mortes. A quantidade de casos cadastrados da doença também quase triplicou num espaço de tempo ainda mais curto, entre 2005 e 2011, passando de 27.637 para 77.803 pacientes em todo o Estado.
A coordenadora estadual do Programa de Controle da Hipertensão e Diabetes, Marta Bouillet, estima que 40% dos doentes estão fora dessa estatística porque ainda não descobriram que são portadores desse mal. O número de pessoas com diabetes vem crescendo, sobretudo entre a população feminina e com idade a partir dos 50 anos, devido ao aumento da expectativa de vida, conforme avalia Boillet. Os fatores hereditário, obesidade, tabagismo e sedentarismo também contribuem para o avanço do diabetes.
A doença não tem cura, mas o tratamento previne o avanço do quadro clínico, que pode levar, comumente, à doença renal, cegueira e amputação dos membros inferiores, conforme aponta a coordenadora. O endocrinologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA), Antônio Conceição, alerta que, associado à hipertensão arterial e elevadas taxas de triglicerídeos e colesterol, o diabetes facilita a ocorrência de derrames (acidente vascular cerebral), enfartos e aterosclerose (degeneração das artérias). Belém é a 15ª capital em maior percentual da doença no país, com 5,3% da população portadora de diabetes, segundo o Ministério da Saúde.
Fonte: O Liberal
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