Foi no dia 29 de fevereiro que o advogado André Silva de Oliveira, renunciou ao cargo de auditor do Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA). Na ocasião da saída, o agora ex-auditor elaborou uma carta renúncia enviada a Armando Rodrigues, presidente do Tribunal Pleno do Judiciário Desportivo do Estado do Pará, onde faz sérias acusações a respeito da credibilidade da Federação Paraense de Futebol (FPF). A principal delas se refere à possível falta de autonomia do TJD perante a FPF.
Em uma longa carta de seis páginas, que o Bola teve acesso, André denuncia que o presidente da FPF, Antônio Carlos Nunes, teria invadido, em setembro de 2010, a secretaria do tribunal a fim de conseguir os autos de liminar que André concedeu em favor da Tuna Luso e Castanhal e contra a Federação. Segundo o que escreveu André Silva, o intuito de tal invasão, seria para “simular uma cassação sem nenhum amparo no CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva). Tudo feito sob ausência silenciosa da maioria do Tribunal Pleno do TJD-PA”. Ainda segundo a sua carta, a sua representação contra o presidente da FPF e o auditor Antônio Nascimento, jamais foi julgada.
Depois do episódio, Oliveira afirma que passou a brigar por um TJD mais livre, contudo, sem sucesso.
Na atual gestão do Tribunal, segundo ele, os clubes não possuem chance alguma de derrotar a FPF em qualquer tipo de processo e diz ainda que o CBJD e o Estatuto do Torcedor não é respeitado, já que é a própria FPF “quem detém o controle das nomeações dos auditores”.
CORONEL NUNES NEGA
Procurado pela reportagem, o presidente da FPF, Antônio Carlos Nunes, foi lacônico. “Eu prefiro o silêncio a alimentar uma atitude deprimente como essa. Isso tudo é mentira. Não vou alimentar quem quer espaço para aparecer. O futebol paraense não precisa disso”, rebate.
Fonte: Diário do Pará
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