terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

MPF quer fiscalização no BNDES para Belo Monte

Banco Central do Brasil negou um pedido do Ministério Público Federal de fazer fiscalização no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para verificar a regularidade do empréstimo pedido pela usina hidrelétrica de Belo Monte. A recusa do Bacen foi recebida pelo MPF em janeiro. Já em fevereiro,
os procuradores da República que atuam no caso pediram reconsideração e insistem na necessidade de fiscalização da operação, que pode ser a maior da história do BNDES. O empréstimo solicitado pela Norte
Energia para Belo Monte é de R$ 24,5 bilhões e existem 11 processos questionando o empreendimento que
ainda não foram julgados.
Para o MPF, a operação envolve “empreendimento questionado em diversas ações judiciais, em área de
atividade em que as alterações de custo são frequentes e, portanto, possuem potencialidade considerável
de afetar a própria análise de risco”, o que justifica a fiscalização do Bacen.
Fundos de pensão – O MPF também questionou em ofício outra instância de fiscalização do mercado
financeiro, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). A Superintendência tem
prazo de 10 dias para informar sobre fiscalização na política de investimento dos fundos de pensão que
integram o capital da Norte Energia.
Além da participação indireta da Previ, ligada aos funcionários do Banco do Brasil, pelo menos dois
fundos de pensão, a Petros, dos funcionários da Petrobrás, e a Funcef, da Caixa Econômica, entraram
diretamente no consórcio que vai explorar a usina, calculando o investimento e o respectivo retorno
sobre um custo de R$19,2 bilhões, já oficialmente alterado para, ao menos, R$27 bilhões, em um
acréscimo de, ao menos, 40% no valor. (MPF/PA)

Fonte: Diário Online - ok

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