quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Amazonas e Pará no ranking dos mais inadimplentes em cheques sem fundo

Mais de 4% de todos os cheques emitidos no Amazonas e Pará em 2011 estavam sem fundo. É o que aponta uma pesquisa da empresa especializada em análise de crédito para pagamentos com cheques Telecheque. De acordo com o levantamento, ambos os estados aparecem na primeira e quarta posição entre os mais inadimplentes, respectivamente.

Amazonas e Pará são os estados mais ricos da Região Norte, mas acompanharam o ritmo nacional de crescimento dos cheques não pagos. A nível nacional, a inadimplência dos brasileiros que usam cheques cresceu 6,06% em 2011, passando de 2,64%, em 2010, para 2,8% no ano passado – o dobro da média de cheques retornados nos estados.

Segundo a Telecheque, o crédito barato e o aumento do consumo explicam o maior nível de calote. Isso porque o crescimento nos prazos dos financiamentos e nos valores das compras está diretamente relacionado à maior exposição à inadimplência. Os segmentos mais afetados pelos calotes foram eletrônicos, com 4,64% de cheques não pagos, e magazines e lojas de departamentos (4,04%).

Na comparação mensal, a inadimplência aumentou 13,13%. A proporção de cheques não pagos passou de 2,36%, em dezembro de 2010, para 2,67%, no mesmo mês de 2011.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Factoring (Abfac), Antonio Carlos Donini, os cheques continuam sendo bastante utilizados, sobretudo nas pequenas cidades, devido às taxas das operadoras de cartão, que costumam cobrar mais de 6%.

Em abril, o Conselho Monetário Nacional aprovou regras mais rígidas para a concessão de cheques, por parte das instituições financeiras. Entre as mudanças, o CMN aprovou a exigência de apresentação de boletim de ocorrência policial, para as sustações ou revogações por furto, roubo ou extravio de folhas de cheque em branco, nos moldes do que ocorre atualmente para as sustações de cheques emitidos. O objetivo das medidas, de acordo com a autoridade monetária, é aumentar a segurança, a transparência e a credibilidade dos cheques.

Fonte: Diário Online

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