quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Cientistas descobrem como o estresse leva ao acúmulo de gordura abdominal.

Quem não gosta de uma boa desculpa para justificar o acúmulo de gordura na cintura? Na maioria dos casos, os pneuzinhos que não param de crescer nada mais são que o resultado de uma equação simples: comida demais e atividade física de menos. Quando ingerimos mais calorias do que gastamos, o excesso de energia se acumula no corpo em forma de tecido adiposo (sim, gordura). Segundo novas pesquisas, no entanto, há um outro fator que contribui para o ganho de peso: o estresse. Já ouviu desculpa melhor?

Um estudo publicado na revista Nature Medicine desvenda como o estresse faz engordar. E ainda aponta uma forma promissora de remover a gordura localizada. Os resultados surpreenderam os especialistas. Muitos acreditam que essa linha de pesquisa terá grande impacto no desenvolvimento de novos tratamentos de emagrecimento e até de cirurgias estéticas. Será que teremos em breve um novo tipo de lipoaspiração, mais eficaz e menos traumática? O que significam as descobertas para quem quer emagrecer?

Havia muito tempo os cientistas suspeitavam existir uma relação entre estresse e ganho de peso. Mas não conseguiam desvendá-la. Os pesquisadores da Universidade Georgetown, em Washington, foram além. Descobriram um mecanismo químico que pode explicar por que estressados crônicos engordam muito mais que o esperado. Gente que não ingere uma quantidade absurda de calorias e mesmo assim leva um susto toda vez que sobe numa balança.

A explicação para esse fenômeno pode estar nos neurotransmissores, hormônios que permitem a comunicação entre os diferentes tipos de neurônios. Os cientistas trabalharam com um neurotransmissor chamado NPY e o receptor ativado por ele. Essas substâncias atuam em dois tipos de células do tecido adiposo: as células de gordura propriamente ditas e as células dos vasos sanguíneos que as alimentam.

Os pesquisadores descobriram que o estresse faz o corpo liberar NPY em excesso. Isso provoca uma cascata de eventos bioquímicos cujo resultado é indisfarçável: aquela massa de gordura (ops, tecido adiposo) na cintura. O problema não é apenas estético. Vários estudos demonstram que grandes depósitos de gordura na região abdominal – aqueles que fazem o tronco adquirir a forma arredondada de uma maçã – elevam o risco de diabetes e doenças cardiovasculares. Daí a importância do novo estudo. “Uma grande lacuna no conhecimento sobre como o estresse crônico leva à obesidade abdominal acaba de ser preenchida”, afirma Mary F. Dallman, da Universidade da Califórnia, no editorial que acompanha a publicação do estudo. “Esses resultados terão profundas implicações no desenvolvimento de novas drogas.” Relaxar e gozar pode ajudar a perder centímetros na cintura

Fonte: Receitas para emagrecer

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