quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Advogado assassina rival a tiros na frente da ex- mulher

m romance com nuances de folhetim, que começou a ser escrito na internet há dois anos. Foi nas páginas de um site de relacionamento que o engenheiro eletrônico, escritor e fotógrafo português Rolando Emanuel Morgado Palma, de 49 anos, conheceu a advogada brasileira Regina Márcia D’Ávila, de 48. A mulher vivia um complicado processo de separação do advogado Antônio Passos Costa de Oliveira, de 61 anos. Católico fervoroso, o especialista em direito civil, que foi procurador-geral da Arquidiocese do Rio — atuando inclusive em ações contra o uso de imagens sacras por escolas de samba —, não aceitava o fim do segundo casamento. Ontem, Antônio encerrou a história, matando a tiros o namorado da ex-mulher na frente do filho, de 13 anos, a menos de 300 metros da Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca.
Rolando foi morto com dois tiros de pistola PT-380 ao tentar defender a namorada, atingida de raspão na cabeça. O crime aconteceu em frente ao edifício onde a mulher morava. O casal de namorados se preparava para levar o filho de Regina e Antônio, à escola. Passava pouco das 7h, quando o advogado aproveitou o momento em que o portão da garagem do prédio, na Rua Afonso de Taunay, foi aberto, para entrar na frente do Audi dirigido pela mulher. Sem saber que o ex-marido estava armado, ela desceu do carro e pediu a ele que fosse embora. Antônio reagiu, sacando a arma. Regina correu para o veículo, pensando em acelerar para fugir — como disse em depoimento —, mas teve medo de o filho ser ferido. Rolando, então, desceu do Audi, pedindo ao advogado que se acalmasse, e acabou baleado na perna e no pescoço.
Antônio fez seis disparos com a pistola, que está registrada em seu nome, ignorando a presença do filho, deitado no banco traseiro do carro. O barulho dos tiros chamou a atenção de vizinhos e policiais da DH, que correram ao local. O advogado foi preso a poucos metros do lugar do crime. Antônio estava com a arma na cintura, mas não reagiu. Ao chegar à delegacia, tentou se justificar, dizendo temer que a ex-mulher levasse o filho para viver em Portugal: "Fui conversar com ela, pedir que não levasse meu filho embora. Ele não podia sair sem minha autorização. Nunca bati em ninguém. Atirei porque não sabia quem estava no carro".

Fonte: O Liberal

Nenhum comentário:

Postar um comentário