domingo, 24 de julho de 2011

Exploração de potássio no AM altera geografia da mineração brasileira

 MANAUS – A 135 quilômetros da capital amazonense está localizada Nova Olinda do Norte, um município ainda pouco desenvolvido, mas que deve ser destaque no cenário da mineração brasileira. Especialistas no setor apontam que na região, que hoje abriga cerca de 30 mil habitantes, está uma das três maiores reservas mundiais de potássio, ao lado de áreas no Canadá e na Rússia.
Está em discussão uma parceria entre a Vale e a Petrobras para a exploração de potássio em jazidas jamais exploradas no município de Nova Olinda do Norte. De responsabilidade da Potássio do Brasil, do grupo canadense Forbes and Manhathan, o projeto deverá demandar até US$ 4 bilhões para iniciar a operação, prevista para 2015/2016. As jazidas ficam na região do encontro entre os rios Madeira e Amazonas.
Atualmente, foram feitas oito perfurações na cidade e mais de US$ 20 milhões já foram investidos em pesquisa. O esforço resultou na primeira descoberta de potássio em 30 anos na região. A expectativa é produzir entre dois milhões e quatro milhões de toneladas do mineral por ano, o que representará entre 20% e 40% da produção nacional esperada para 2016.
O anúncio da descoberta de reservas com aproximadamente 1 bilhão de toneladas de potássio no interior do Amazonas foi anunciada em setembro do ano passado. O teor de potássio da descoberta é de 40%, sendo o restante de sal de cozinha que será devolvido à mina.
Somados os projetos de mineração no Amazonas e em outros estados brasileiros, hpa pelo menos US$ 7,3 bilhões em investimentos estimados para o setor no País. Grande parte desse crescimento deve-se ao avanço de empresas estrangeiras, sobretudo as canadenses, sobre jazidas brasileiras. Todos eles em regiões sem tradição mineral ou onde a atividade mineradora tinha como foco substâncias distintas das que estão sendo exploradas hoje.
No radar das multinacionais está um amplo leque de elementos, de minério de ferro a ouro, passando por minerais considerados estratégicos pelo governo, como o potássio, usado na fabricação de fertilizantes e cuja produção nacional não atende a sequer 10% do consumo.

Fonte: Portal Amazônia

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