Vinte e cinco policiais civis foram mortos em serviço, de 2001 a 2010, no Pará. Em 90% dos casos, as mortes poderiam ter sido evitadas se tivessem sido adotados os cuidados necessários à atividade profissional. Ou seja, os policiais não analisaram corretamente a ameaça na ocorrência ou não usaram coletes à prova de balas.
O maior número de mortes (17) ocorreu entre policiais que tinham de seis a 25 anos de profissão. E 80% dos 25 agentes mortos tinham mais de 35 anos - homens experientes, portanto. Detalhe: nenhum dos 25 agentes usava coletes à prova de balas, embora dispusessem do equipamento. Para chegar a esses números, a Delegacia Geral de Polícia Civil faz uma pesquisa há um ano. A morte em serviço é caracterizada pela ação policial, quando o servidor se desloca para o trabalho ou quando, mesmo de folga, age em legítima defesa própria ou de terceiros, como durante um assalto.
Para reverter esse cenário, a Delegacia Geral tem investido em capacitação e atualização. No ano passado, a Polícia Civil começou o "programa de treinamento básico em operações policiais civis e investigação policial", que, na capital, acontece no Instituto de Ensino de Segurança Pública (Iesp), em Marituba. Segundo o delegado-geral adjunto, o policial, antes, ia para o curso de capacitação, mas, se necessário, voltava para a unidade policial na qual trabalhava. "Se se precisasse dele, ele saía da academia e ia para a delegacia. Agora, não. O curso de capacitação dura duas semanas. São 100 horas-aula. O servidor é colocado à disposição da Academia (da Polícia Civil). Ele faz uma avaliação médica. E, no curso, vai ter uma grade curricular voltada para corrigir as falhas", explica.
Fonte: O Liberal
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